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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Voa Liberdade

Esta não é minha não, mas coloquei aqui no blog porque é uma das minhas canções preferidas.

Voa, liberdade
Jessé
Composição: Mário Maranhão - Eunice Barbosa - Mário Marcos
Voa, voa minha liberdade
Entra se eu servir como morada
Deixa eu voar na sua altura
Agarrado na cintura
Da eterna namorada

Voa feito um sonho desvairado
Desses que a gente sonha acordado
Voa, coração esvoaçante
Feito um pássaro gigante
Contra os ventos do pecado

Voa nas manhãs ensolaradas
Entra, faz verdade esta ilusão
Voa no estalo do meu grito
Quero ser teu infinito
Neste azul sem dimensão
Voa...

Adoooooooro!!

sábado, 13 de setembro de 2008

Quem és?

Bate as asas de um anjo e faz da Terra um furacão,
Na fagulha do fogo ardido,
Na fenda terna no solo rijo,
Na gota espumante do mar severo
e na singela folha primaveril
encontrarás o sentido, ambíguo.
Há beleza no simplório e na grandeza,
veste de ouro a alma fulgaz e revolta,
inquietude brilhante e paz celestial.
Toca o sino e minha alma treme
"Corre", diz o porteiro
a porta está para se fechar e eu corro,
corro, corro, corro,
para atravessar a porta e viver no infinito
a paz de um amor rascunhado
de versos inacabados, mas que me fazem sentido.

domingo, 24 de agosto de 2008

Aiaiaiaiai, acho que não tem mais jeito, vou pegar um bom livro e tentar me deleitar com ele, já que no fim das contas ele é o único que tenho. Livros são bons companheiros, te ensinam, te distraem, não se importam quando você fica com sono e nem quando chora, ou ri, ele é inerte né. Ele quietinho te ajuda muito, são páginas e mais páginas de consolo.
Eis o que me resta, um bom livro.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Tinha lá naquele quintal florido uma menininha, brincava e brincava naquele quintal lindo, mas a verdade é que nada lhe apetecia, aquele quintal nem mais lhe seduzia. Até que um dia, levantou-se aurora e desperta foi pra fora, serelepe pulava de canto em canto até que do nada notou no canto uma flor que lhe sorria. Ela gostou.
No dia seguinte lá foi a menina brincar neste quintal onde o novo se fazia. E seguiu-se os dias ensolarados até que da previsão do tempo, notícia boa é que não tinha.
Nasceu o dia cinza, chuvoso e deprimido, a menina até preocupou-se com aquela água toda naquela florzinha (por isso o tapperware de sua mãe foi parar no quintal).
Passou a chuva, lá veio o sol sorrindo, até despontou um pequeno arco íris. Mas algo estranho acontecia... Ao passar dos dias a menina notou que um comichão lhe arrebatia, ela tinha que ir sempre ao quintal dia, menos dia, lá estava ela naquele quintal onde até os girassóis ciumentos pela atenção que aquela pequenina e amarela florzinha despertava na graciosa menina, tentavam lhe encobrir para despistar o olhar atento da menininha.
E eita que o comichão não passava, comichãzinhão danado que lhe atormentava,mas era só ir atéo quintal,e não havia embaralhamento de flor alguma que lhe enganasse, a pequena florzinha estava lá, e ela sorria, sorria de longe, mas sorria.
E a noite, quando o sol adormecia, o comentário entre as flores temor causaria na florzinha, eis que todos diziam que num pequenino e apertado vaso, a menina a colocaria, e o boato era forte, tão forte que era quase certo que o boato realidade se faria.
E uma verdade era certa, a menina todos os dias cuidava, regando, adubando e dando amor a pequenina, mas de fato, nunca que o amor da menina permitiria roubar da florzinha a liberdade que lhe pertencia, vivendo na terra do chão, se nutrindo do solo e vivendo o que era de seu direito e que a menina entendia.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Obviedades

As coisas são simples?
Ou a simplicidade simplesmente não existe?
Queremos tudo fácil, só com um poquinho de trabalho, mas tudo aquilo que pode ser rápido resolvido, normalmente transformamos em difícil e logo, muitas vezes destruído. Se pararmos pra pensar nas coisas a vida inteira é uma matemática, assim como 2+2 são 4, o cachorro é o cachorro e o gato é o gato. Se eu gosto de melância devo então me alimentar dela? Se for boa e madurinha, é dela que nutrirei meu corpo e matarei minha fome, mas se eu não gostar de abobrinha? Então é melhor nem arriscar meu paladar cansado.
A vida não é óbvia, acabou se tornando uma grande equação sem fim, mas tudo que puder somar e ter um bom resultado, é tudo isso que quero pra mim.

"sem título"

Quero encontrar a luz brilhante de teu olhar,
encontrar o aconchego de um lar,
me aquecer com o ardor do chorar.

Quero entender os cabelos grisalhos que há,
que refletem o chão, o andar,
o chão que eu sigo no meu caminhar

Me mostra sua história
acrescente páginas extras
me deixa
me deixa reger essa orquestra.

Noite

A noite nem tudo se esconde, sob o luar acorda outra manhã, uma manhã serena cujo brilho não vem do fogo, vem do diamante, suspenso no ar.
Olhos se revelam e outros sons aparecem; há uma vida inteira na noite que não exploramos e há também um toque de ilusão nesta noite que esconde e ao mesmo tempo revela.
Mas é preciso ter olhos atentos, pois a noite é um outro mundo vasto e ludibriante, é preciso receber o sereno como um cobertor aconchegante, a espessa nuvem embreagante sob a escuridão que ilumina outros seres, outros sentidos e é fria, porém aquece os corações.

Comparações

As folhas em branco são como a noite, têm um certo brilho e mistério fascinantes. A primeira vista não se vê nada, mas se olhar atento pode ver o infinito.
Tudo cabe nelas, não há limites, não há absurdos, podem descrever o medo, a paz e a felicidade, basta se entregar à elas, sem temer, sem pudor e sem vaidade. Deixar levar-se pelo seu toque branco, seja da seda ou do luar.
É só entender que há sempre mais, há sempre além. A noite e a folha em branco não te mostram horizontes, não mostram porque não têm, são vastas e ao mesmo tempo que você as preenche, elas também preenchem você e te transformam.
Quero ser levada a noite pro infinito e ao levar meu infinito à tão nobre folha em branco.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Quando se atentar às coisas...verá

Blá, blá, blá, blá,
O que mais se vê são baboseiras expostas no ar,
São tantas que me perco nelas se pestanejar,
Sou guarda mor de minha astúcia pra não me acovardar.

São promessas, juras, injúrias, crendices,
Tantas idéias e imaculadas tolices
Desenham mapas, trilhas de ourives
Cujo ouro não terá valor jamais.

É...é isso! O Clima é um eterno Outono
Esse vai ou não vai,
As palavras são cão sem dono
E o esperto pesca aquilo que lhe Faz.

E no fim das contas as baboseiras é que tem valor,
Pois delas partem o furor
De grandes idéias e do riso de horror.
São parte do homem que assim, acalenta a dor.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Legado

Não há legado para se deixar no mundo,
Pelo menos nenhum que venha de meu ventre,
Ou pelo menos das minhas contas.

Na verdade me engano, deixo muitos
Estão em forma abstrata,
Alguns em forma de palavra,
Outros em forma de nada, estão apenas no ar.

Os que têm forma de segredo levo comigo,
Esses guardo há vinte chaves,
Levo também a dor que ruminei em vida,
É um chicletinho bem ruim, como aqueles
de sabor tuti-fruti de quitanda barata.

Pensando bem, não serão tantos assim,
Levarei mais coisas do que deixarei,
Mas com certeza um dos meus legados favoritos são as denúncias,
De tudo que tive vontade de denunciar,
principalmente em relação à vida, é isso,
Denuncio a vida, ou melhor, os infelizes que a tornam má,
ou pelo menos como eles a tornam má.

Legado, rezo para que eles sejam lembrados, utilizados,
Porque se morrerem comigo,
Morrerei em vão.

Não quero rochas, nem placas pra me nomearem no final
Quero palavras, folhas,
Quero principalmente citações e ações.
Pois é essa a riqueza de meu legado.

sábado, 22 de março de 2008

Ensaio sobre a Moral

É patético ver a ignorância mundial, e só me atrevo a usar uma palavra tão generalizada por conta do infeliz número que favorece essa deficiência.
O medo não é apenas o sentimento mais perigoso na balança da vida, masé também um pecado, pois cometê-lo sob certos aspectos leva à hipocrisia crônica e a morte súbita da felicidade própria e alheia.
Quando penso sobre a moral me pergunto qual a dificuldade das pessoas entenderem seu significado real, por que tanto se mistificou algo que é bem mais simples? Essa palavra - moral, ganhou um tamanho tão grande quanto a ignorância que a cerca.
Se a moral é relativa aos bons stos que devemos ter uns com os outros (e surgiu num tempo em que a liberdade total era vista com outros olhos), seria certo dizer que roubar, matar, destruir - são atos imorais. Os próprios mandamentos bíblicos e os pecados capitais, que surgiram bem mais a frente, são parte ou sinônimos de conduta moral, conduta sta que é constantemente deturpada por mentes que temem o julgamento alheio, gente que se esconde num modo falso de "vida correta", cujos pensamentos e idéias são superficiais e moldados por comandantes de um exército cuja causa é anular. Os nulos são mais manipuláveis e osespertos de ganância exacerbada sabem disso.
Na verdade, não sei mais se é correto usarmos essa palavra, moral, já que foi tão mal interpretada, mal usada pela história e pelas fraquezas humanas, tanto que se fala mais da falsa moral do que da verdadeira - esquecida.
Evitar, encriminar, julgar e maltratar a ação do outro sem conhecê-la; encher a pequena visão de pré-conceitos por não conseguir conceituar nada e pior que isso, não conseguir entender nada. Pessoas assim sempre tem o mesmo tipo de resposta para as perguntas: Porque sim! Porque não. Porque é o certo. Sempre foi assim.Porque é esquisito, é estranho. Isso é errado. Mas não conseguem se apronfundar, dar motivos reais, as frases são curtas porque o pensamento é limitado e acreditem - muitos não sabem pensar. Infelizmente a maioria não se libertadesse mal.
E no fim das contas a grande imoralidade do mundo é a ignorância das pessoas cuja cegueira não lhes permite enxergar mais que um palmo de luz e essa talvez seja o maior e iminente pecado.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Abre o mar

Tem gente que engana o coração
Tem gente que encanta o povo e então,
Se esbalda na fé alheia
e esquece de ter a fé em si mesma.

Tem gente que usa o amor,
Tem gente que ama o amor,
Mas meu coração dançou o amor
E agora não sabe o que se passou.

Vou embarcar nesse navio
Vou atrás do atabaque do mar
O que faz pulsar
O impulso de amar
Quero navegar nesse mar.

Abre o mar que eu vou passar
Vou te buscar
Esse navio não tem volta
Se atracar vai ser no mar.

Mas eu quero o porto do seu coração
Então deixa eu aportar
Porque quem já dançou,
Só quer dançar.

Grilhões

Estrada vazia
Tão cheia de brisa
Brisa que me indica a direção
Caminho assombrado
De medos passados
Forrado de angústias
Passos com ardor

Ás vezes há frestas
E a luz se entrega
E os olhos capitam o azul
A cor se anuncia
O verde se anima
E até nascem flores
E o caminho se torna o céu

Mas se o céu for o véu
Que cobre o verdadeiro andor
Por onde desfilam
O tédio e a solidão
Por onde andam o arpão e o cão

De que adianta lírios
Plantados no exílio
De que adianta sóis
Pintados nos lençóis
De que adianta sonhos
Se já não há telões
De que adianta o frio
Se não há cobertor

Palavras encorajam
Os pés dilacerados
E o pulmão ofegante
É o mártir no final
E não se enxerga nada,
Nem sempre há sensações
E os calcanhares levam
Grilhões.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Comentário sobre a moda

A moda é incrível!
Já ouvi muita gente dizer que não há nada mais superficial do que a moda. Coitado de quem não percebe sua "complexidade" e sua fascinante tradução dos tempos.
Refletindo crenças, comportamentos sociais, estado de espírito, posição social e também o desejo de beleza; podemos ao longo da história através das vestimentas identificar o período pelo qual aquela sociedade passava, que tipo de vida levava e até o que sentia.
Esse desenho do momento faz parte da natureza humana, o homem na angústia natural de expresar suas necessidades, seus sentimentos e suas crenças, acaba na maioria das vezes colocando isso no modo como se veste e como é da natureza humana deixa-se também, influenciar por uma necessidade coletiva (toda sociedade é um coletivo com diversas coisas em comum), o que dá origem a moda.
A moda não é algo que se deve temer, sua forma não é uma ditadura, mesmo tendo sido imposta num passado longínquo, ela continua refletindo diversos coletivos e cada um se encaixa nela de uma maneira muito pessoal e isso é o tão famoso "ser fashion", você num todo não copia, você se auto reflete e usa o todo como ferramenta para isso, e essa é sempre evolutiva, trazendo novas visões, transformando coisas do passado e renovando sempre. Assim como a caminhada de cada um na vida deve ser evolutiva, devemos refletir no modo que nos vestimos essa evolução também.
Hoje olhando para as "novas tendências", posso dizer que a sociedade busca a beleza e o conforto em tecidos leves, coloridos, o homem quer flutuar no mundo, quer ser mais colorido, quer estar mais livre, quer respeitar o planeta usando coisas recicláveis e quer explorar mais ainda sua criatividade - é como tentar deixar seu espírito em comunhão com a Terra.
E isso é moda, isso é ser fashion, isso é estar bonito (lembrando que a beleza externa depende da interna) - fazer parte de um todo sem se anular.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Rasgada

Rasgada, cortada em mil pedaços e não sei colar.
Há lascas enormes, cujo sangue escorre por dentro como se o interior se desfizesse e o exterior já nem sentisse mais os seus reflexos.
Existe um turbilhão de facas ao redor desse corpo inútil, aparentemente com vida, uma verdadeira carne inóspita, uma peça de carne pendurada pelo açougueiro da vida.
Um veado abatido na selva, solta seu último som de respiro, assim como o corpo, que abatido por ele próprio segura este som sem findar, até quando?
Talvez a flechada não mate o veado, talvez ele tenha sido acertado no coração e se acabado.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Momento

Se há palavras que eu não vou contar
Guardo no peito essa dor, o segredo no olhar
Não penso em seguir a estrada de antes
O caminho distante, que separa o real do meu imaginar.

Se foi, tristeza demais, sentimento fugaz
Não posso dizer, pois disso eu nunca fui capaz
Mas houve um instante em que o mundo parou
Isso determinou, que havia uma aurora nascendo no peito e querendo sair,
Explodir sem razão, atingir esplendor
Ultrapassando falácias em meu coração.

A cada passo que escuto,
Olho por cima do muro
Vejo uma imagem do céu,
Vejo um sorriso ao léu,
Vejo se você parou, mas não...
Você continuou.

Pára e volta, pivô da história
Sonho cruel, não me tire o céu
Mas já foi, como foi, nem ficou, nem ficarás,
Não ficarás, meu doce amor.

Em si

Nãe é casta
Nem desvirtuosa
Traz consigo a dor do mundo
como num emparelhamento de corpos mutilados da guerra.

Reflete no espelho as certezas e as dúvidas
Acreditando estar certa em seus pensamentos
Não sabe ir,
Nem tampouco voltar.

Suas lágrimas desenham o rio
por onde vai navegar em pensamentos
para o lugar ideal de seu aconchego.

O Portal

Eis meu segredo... Eu tenho um portal!
Ele me transporta para onde eu imaginar, pode ser no futuro, no passado ou até mesmo num presente existente apenas no meu mundo virtual. É por ele que controlo o meu reino particular, onde as regras são minhas, é por ele também que choro ou comemoromeus anseios, minhas derrotas e minhas alegrias.
A primeira impressão é que sua vista é limitada e cada vez mais apertada, mas engana-se quem acha q o horizonte é fim da linha, pois meu alcance de visão é esférico, atemporal e infinito.
Há na minha direita muitas casas, muitos prédios, muita gente viva, carros, risos e brigas, eles são o meu presente. A minhaesquerda muitas árvores numa beleza indescritível, mas suas popas guardam tristeza, saudade, paz, elas guardam ali um passado de muitos, uma história de tantos daqual eu também faço parte. Se olho pra frente vejo ela... A imensidão. Como gosto da imensidão, é longínqua e ao mesmo tempo tão palpável em meus pensamentos. Mas quando jogo para trás meu pescoço, meusolhosse inebriam de tanta beleza, simplória, mas perfeita e exata, ela se basta nela mesma e mexe com meus pensamentos, brinca com meus sonhos, me energiza, me acalma.
Meu portal é só meu, eu o guardo em segredo pra mim, envolto e protegido por batentes, vidro e metal, o meu portal, o meu mundo real e surreal, brincante no tempo, deslumbrante nos meu olhos que buscam apenas um conselho, um sonho, um lugar reconfortante.