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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Catiripapo

Há tanto na ciência que sabemos e ao mesmo tempo não conhecemos nada, fazemos parte de uma verdade absoluta perdida no espaço, uma verdade cujo segredo é o mais bem guardado de todos, é um prato fundo de sopa quente que podemos apenas comer pelas beiradas.
Às vezes me pergunto se de fato não é o sonho que vale. Penso no passado, quando eu era criança e existia tanto sonho de ficção científica, uma porção de serás a minha volta e um outro tanto de quiçás. Era tudo muito impossível, tudo tão distante. Hoje não percebo mais. Percebo sim! Mas agora nada mais é do que uma descrença na própria raça e eu sinto um pesar, pois já não sei se a verdade absoluta deva ser inteligível aos homens, talvez apenas sentida, ou simplesmente sonhada.
A cada ano que passa o mundo parece tomar um belo catiripapo dos Deuses e eu apesar de tomar parte neste recebimento, rio, prefiro lidar com o humor do que com as lágrimas, afinal, se o universo for a platéia e nós o show, podemos estar fazendo tanto sucesso quanto Jerry Lewis ou Os três patetas, cujos tropeços e enganos devem ser tão patéticos ao ponto de sermos uma chacota interespacial.