"Todo o conteúdo desta página está registrado em nome da autora, com os devidos fins legais."

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Coisa de mulher

O universo feminino é cheio de graça, cor, elegância, carinho, as mulheres adoram serem mães ou visitar suas mães, adoram fazer compras e adoram serem generosas, elas cozinham de salto e fazem um relatório passando batom, elas amam filme romântico, o galã da moda e fazer dieta, e essa última pode vir como necessidade, paranóia ou desespero, não importa como, ela vem. Você já viu alguma mulher dizer que nunca fez dieta? A Cris tava numa onda de que precisava emagrecer urgentemente e quem tem urgência e desespero a primeira coisa que faz é pesquisar dieta e lá foi a Cris fazer a dieta da melancia, 7 dias comendo só melancia, chegou no oitavo dia ela tinha emagrecido? Tinha…450 gramas.
Desolada e meio puta da vida ela pensou: “Fruta pode até não dar em nada, mas a lua é poderosa, é um negócio de magia, vou tentar”.
Um mês de dieta da lua, resultado, quando a noite chega se ela olhar pro céu manda a lua pra puta que pariu, a mulher ficou enlouquecida de raiva, mas raiva não adianta nada, só engorda, então ela resolveu fazer direito, procurou um médico.
Marcou consulta, foi lá, chegando no consultório não é que o médico era a cara do Costinha? “Gente o Costinha não morreu!”, olha foi difícil não rir e o cara falava igual ao morto, meio mole, foi um Deus nos acuda mas ela entrou firme e forte. O médico podia não ser o Costinha, mas era gagá, além de falar baixo perguntou o nome dela três vezes e ainda escreveu errado no pedido de exame.
No dia seguinte depois de sobreviver ao vexame de rir na cara do doutor, lá foi fazer o exame de sangue… “será que emagreci alguma coisa por ficar em jejum? Não sei, to me sentindo mais leve…”
Voltou ao médico com o resultado e o doutor com seu rosto de Costinha e jeito mole de falar já nem se lembrava dela “qual o problema?” “vim trazer o exame pro senhor” “aahh a senhora já esteve aqui? Sobre o que é mesmo?”
Foi difícil, mas pelo menos ele deu a receita….eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeehhhhhhhhhhhhh agora vai.

Dois meses de tratamento, o dia da balança chegou, tchanananannnnn…..1k5g. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAhhhhhhhhhhh

A mulher começou a achar que era problema de encosto, não é possível um negócio desse, “tô com encosto” ela falava, não teve dúvida procurou a famosa Madame Lola.

- Qual o pobema?
- Já fiz de tudo e não consigo emagrecer, tem um exú comigo, só pode ser.
- Tá amarrada, to veno que cê tá amarrada, isso é trabaio de mulé que qué te ve gorrrrda, é trabaio pa fica gorrrda.
- Pelo amor de Deus, desfaz.
- Pepeô, pepeô…que é trabaio difíço, custa caro.
- Caro quanto?
- 150,00, é o preço da libertação huuuummm eo eo
- Tá bom, mas desfaz isso, desfaz logo

A mulher pegou um ramo de ervas e batizou, pegou um copo com pinga, um saco de bolacha água e sal e um saco de leite B, juntou tudo numa cúia e começou a rezar com a erva na mão e três velas acesas:

“Oh quequequeoooohhhh, bate forte o tambô, emaguece a mulé oxalá, emaguece a mulé…queba o feitiço e as gurdura tudo que tem nela, queba esse papo, os pneus de caminhão, queba os braço mole e as coxa bamba, queba meu pai, queba meu pai...huuum e agora pelo puder que eu tenho das fonte dos santo das baía e dos desesperados eu digo e Ordeno que de frente ela vai parecer que tá de lado e de lado ela vai sumir eoeo.”

Depois ela parou, ficou calada e num súbito se virou e disse:

“Cê vai passar um mês comendo uma bolacha no café, uma no almoço e uma na janta e nos intervalo cê toma um dedo desse leite, passa essa erva todo dia no suvaco.

E não é que deu certo? A mulher emagreceu mesmo, deslanchou, agora me diga, o que você acha? Foi efeito de fé? Da dieta de bolacha e leite? Ou foi a erva no suvaco?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A menina do salto alto

Homélia era uma menina encantadora, adorava brincar com as coisas de sua mãe.
Passava horas e horas em frente a penteadeira, se arrumando fasceira para um príncipe, uma festa no reino vizinho, um jantar de comemoração e tudo o mais que sua vasta imaginação permitia. Vestia-se de jóias, lenços, saias e vestidos, passava o blush como quem pinta um quadro, numa delicadeza de flor.
Mas de todos os itens o que ela mais gostava eram dos sapatos de sua mãe, vesti-los em seus pés pequenos era como entrar numa nave espacial e viajar para um outro universo, onde ela era grande, elegante e adorada. Eram muitos os portais, tinha um amarelo canário de bico fico que ela usava em fantasias mais casuais como por exemplo, quando ela ia para seu escritório ou visitar a rainha da Inglaterra; o cor de rosa de bico redondo ela só usava quando era princesa; já o preto bico fino e salto 15 só era vestido para matar os inimigos de James Bond ou imitar a Liza; e sua mãe tinha muitos sapatos, eram cores quentes, frias e neutras, saltos finos, altos, grossos, baixos, bicos redondos, finos, com pedraria, laço ou liso, e tudo isso significa que situações não faltavam na cabecinha fantasiosa de Homélia que era tão criteriosa, mas havia dias também em que ela brincava com todos eles de uma vez, mas isso só quando era quinta feira - dia de desfile de sapato.
A menina foi crescendo, e seu pé foi se encaixando cada vez mais nas naves espaciais de sua imaginação, em compensação, ao passar do tempo sua imaginação ia cabendo cada vez menos nos sapatos.
Mas o fato é que a menina nunca deixou de amar sapato, tanto que ela cresceu, cresceu, cresceu e se transformou numa estilista de sapatos, e sua grife ia muito bem, muito famosa, até que um dia ela simplesmente não conseguiu mais criar nenhum modelo novo, sua imaginação tinha sido absorvida por um espaço negro que tomava conta de suas idéias, nada saía daquela cachola.
Dias e mais dias se passaram, nada lhe ocorria, nenhuma imagem, nehuma novidade, nem sequer uma idéia de cor...nada.
Homélia se desesperou, voltou para a casa da mãe fugida das cobranças de sua empresa, dos empresários, do público, de todos. Agora a menina sequer conseguia vestir um sapato.
O interessante é que agora os sapatos a deixavam triste e amargurada, acabou-se o sonho de menina.
Ela tentou buscar inspiração vestindo os sapatos de sua mãe, devorando catálogos de outras marcas, olhando os pés de celebridades, perguntando à pessoas ricas e famosas o que elas queriam, ela procurou olhar para tudo que era lindo e cintilante, buscou no glamour suas idéias, visitou joalherias, salões de festas, lojas de vestidos...e nada. Nada.
Homélia desistiu, jogou a toalha, deu um W.O. pra vida e ficou triste, muito triste, mais triste do que antes, Homélia ficou realmente deprimida, afinal de contas, esses foram os piores seis meses de sua existência.
Numa manhã Homélia acordou mais uma vez desolada, mas o dia estava lindo, o sol lá fora lhe chamava, ela então saiu, foi até o lago perto da casa de sua mãe, ela costumava brincar lá quando criança, foi lá pensar o que iria fazer da vida agora, andou seriamente em vender bolo pra fora.
Ao chegar no lago, sentou numa pedra e seu olhar se perdeu nas águas, ficou lá um tempão. Foi então que num suspiro longo ela percebeu ao seu lado uma borboleta, e encantada percebeu nas flores, no verde, no lago e em tudo uma outra realidade, Homélia se tornou de novo aquela menina dos contos de fada, das histórias mirabolantes e dos chás com a rainha. Homélia voltou a sonhar, e imersa nesse novo mundo de sonhos, onde tudo era mais colorido, mais vivo, mais brilhante, ela criou a coleção mais linda de sapatos que o mundo já viu e foi assim sucessivamente, pois agora Homélia, a menina, nunca mais abandonou o seu mundo de fadas e foi assim assim, na simplicidade da vida que Homélia realmente se tornou grande.
"O pior ignorante é aquele que ignora sua própria existência."

Aviso

Vai
Se apruma
Se arruma
Se faz chegar

Anda
Se entrega
Revela
O desejo escondido nesse olhar

Cuidado!
Se atente
Aproveite
Mas sem falhar

Escuta
Não seja surda
Nem absurda
Que absurdo é não saber sonhar

Tempo

Tempo que passa a cada instante,
a vida pára e continua como se não houvesse razão
Espera por alguém, por um momento, uma idéia,
um sorriso, um instante de prazer
Sentei-me calma n'algum canto
e tive sensações que me arrebatam o viver
E cada palavra que eu ouvia ou dizia
me lembrava um pouco de você
E aquele tempo, o tempo que não pára
e corre feito louco sem eu perceber
É um instante, um perturbo,
uma felicidade ter você...
Um tempo pra pensar,
um tempo pra falar,
um tempo pra escrever...
Meu tempo, seu tempo,
o tempo que me rege ao universo...
O tempo que eu insisto em viver.
Um segundo,
dois minutos,
uma hora,
um pequeno instante
e o tempo todo...
BASTA.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

As notícias não são boas. Há pouco tempo as pessoas acordaram para uma problemática muito antiga, a "crise da ecologia", a mídia passou a se interessar pelo assunto, cientistas começaram a soltar alertas globais, muita gente se espantou, outras apenas disseram "tá vendo! Eu disse..."

Mas o fato é que muitos se conformaram, muitos ignoraram e muitos se desesperaram.

Fiquei a par de uma série de informações e fiquei feliz ao saber que diversas empresas estão preocupadas com o assunto, há muito o que se discutir, porque há muito o que resolver, estamos exatamente num período da história da humanidade onde toda a catarse das ações do homem até aqui, se transformaram num grande redemoinho que nos levará à uma grande catástrofe geral. Eu digo isso porque quando falamos em sustentabilidade, preservação, consumo consciente, reciclagem, estamos falando também em capital de giro, economia global, matéria prima; a grande hironia da história desse bicho homem é que chegamos ao ponto em que todo o sistema econômico que conhecemos tão bem simplesmente não funciona mais e curiosamente ou não, talvez seja melhor a palavra certamente, o planeta apresenta suas dores e suas perdas que representam também as nossas dores e as nossas perdas, exatamente no mesmo momento.

Vejam só: Baseamos toda a organização das sociedades em algo inexistente, pois o dinheiro, acreditem ou não, não existe - sim meus caros, essa é uma afirmação totalmente verdadeira e acadêmica. Retomando, construímos uma teia organizacional complexa, utilizando uma fonte natural esgotável como peso de uma balança que do outro lado tem em sua base um simples papel, cujo valor é dado pela consciencia humana e por regras instituídas a partir de uma série de fatores que no final se baseiam apenas na mesma fonte esgotável - o ouro. E quando acabar o ouro? Passaremos a dar valor em nossa moeda através de que? Grafite? Aço? Água? É claro que o ouro existente no mundo por mais que seja esgotável, ainda existirá nos cofres públicos, mas a questão é, que na verdade o sistema é falho, causou consequências graves a nossa própria existência e trocando em miúdos...uma hora ele vai arrebentar.

Não estou dizendo também que a culpa é do capitalismo, não. A culpa é na verdade dos desejos exacerbados de nossa espécie. Talvez, quem sabe, se o consumo consciente existisse enraigado na consciência coletiva há alguns séculos, se assim que o homem descobriu o petróleo ele pensasse também em extrair energia do lixo principalmente ou como está acontecendo agora, extrair do metano das boiadas, quem sabe não estivéssemos agora vivendo com mais harmonia em nosso sistema ecológico e financeiro?

Se a idéia do coletivo fosse maior do que a idéia do individualismo, não tivéssemos tanta gente miserável de um lado e tantas mansões do outro?

Se o desejo de controle e dominação não fosse tão intenso, quem sabe tantas guerras não tivessem sido evitadas? Afinal houve um tempo em que falar mal do chapéu alheio causava mortes (referência à guerra do chapéu no noroeste da europa - guerra entre dois países porque um rei falou mal do chapéu da rainha do reino vizinho).

É muito triste ver a situação em que chegamos, pessoas estão pensando em como resolver e atitudes estão sendo tomadas, mas essa é deve ser uma ação de todos, pois são os pequeninos gestos que fazem toda a diferença nessa batalha e gigante. Não há mais espaço para a abstração dos problemas coletivos, pois TODOS fazemos parte do coletivo e o seu problema é o meu também.
Sentiremos muito o impacto de todas as mudanças e o seu processo perdurará por muitos e muitos anos, talvez o tempo de toda uma geração. Mas vamos pensar em quando vemos um filme de guerra e sentimos aquele patriotismo gritando em nosso peito e torcemos para que o nosso mocinho acabe com o vilão, vamos nos lembrar de todas as vezes em que vendo uma cena ou lendo um livro pensamos: "vale a pena, por isto vale a pena", vamos pensar agora naqueles que pregaram a paz com tanta sabedoria e tanto fervor e nos lembrar que eles diziam que para a guerra só basta o amor. Eles tinham razão.
Estamos em guerra, numa guerra sem bombas, sem armas, sem ódio. Esta guerra vale a pena, porque esta guerra é pela nossa SOBREVIVÊNCIA. Uma guerra contra as consequencias e contra a educação errada, os costumes egoístas e as vontades exacerbadas que temos enraigadas profundamente em nossas vidas, como um gene. Uma guerra contra nós mesmos.
Pra vencê-la só basta vontade, amor a si próprio e ao próximo e às gerações futuras e à este planeta. Só basta querer mudar e fazer para mudar.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Festa boa

Coisinha linda da titia
vem pra roda, vem pra dança
que na roça todo mundo quer dançar.

Segura a saia de levinho
vem rodando, vem rodando,
mas cuidado pra saia não levantar.

E vem gingando no soar do ceresteiro
e batizando com seu charme este lugar
rodando a saia, mexe o ombro e manda um beijo
para o mocinho que não pára de te olhar.

Ai como eu gosto de festa de sertanejo
acordéon, fogueira embaixo do luar
e na viola a moda sobre um boiadeiro
que é pra gente ouvir e se emocionar.

Mas depois disso vem a moda animada
que é pra envolta da fogueira festejar
não esquece a fita amarela no cabelo
ou uma flor na orelha para se enfeitar.

Coisinha linda da titia
vem dançar
lavar a alma com o som desse festejo
vem animada, deixe-se contagiar
com a alegria no cantar do violeiro.

Mexe os braços com a graça de um poema
e a cabeça vem pra cá e vai pra lá
sorrir pra lua é sorrir pra natureza
e dance muito até o dia clarear,
e dance muito até o dia clarear,
e dance muito até o dia clarear,
clareou acabou.

horóscopo

Se abre o sol pra mais um dia
Coração desperta com alegria
Tenho planos pra concretizar
Tenho escolhas pra fazer e adorar

Mas antes penso com cuidado, como será o meu hoje
E vejo em cada passo um infinito e um instante
Será que hoje é bom dia pra te ligar?
E pra dizer lhe que eu só quero lhe amar

Vou consultar os astros pra poder ligar
Saber se hoje é o dia certo pra falar
E se os planetas estiverem ao meu favor
Seu coração vai estar agora em conjunção com o meu amor.

Ouço ao longe um som que é só meu
Olhando o céu em busca do seu
Abriu-se a porta e eu vou entrar, vou passar
Sem ao menos pensar
Sou seu astro no seu infinito e o ponto de gravidade
São seus olhos nos meus.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Tenho pensado muito na palavra mudança, e principalmente no seu significado. Por ser tão arraigada ao nosso cotidiano não percebemos a grandeza desta palavra que agora farei uso de minha liberdade poética para traduzí-la a outra como uma espécie de sinônimo, pois para mim mudança é o mesmo do que novo.
Se mudar a marca do chiclete que normalmente masca, estará mascando um novo produto.
Se mudar o caminho que faz para chegar ao trabalho, estará experimentando uma nova forma de chegar ao local de trabalho.
Se mudar de emprego estará querendo novas experiências, com novas pessoas e um novo lugar, afim de uma nova maneira de alcançar seus objetivos.
E cada mudança por menor que seja acaba por causar um turbilhão de outras, cada pequena coisa nova tem muito valor e influenciam até mesmo em grandes mudanças no futuro.
Repeti inúmeras vezes essas palavras, mas acreditem, não mais do que a citamos ao longo do dia.
Mas vocês devem estar se perguntando... Por que raios ela foi pensar nessa palavra?
Eu lhes digo.
Ao constantemente ter meus pensamentos voltados por filosofar barato a qualquer coisa, me deparei com essa palavra e passei a ansiá-la por demais. O novo foi meu desejo mais forte nestes últimos meses e de repente eu me deparei com o próprio. Muitas coisas aconteceram e todas elas me trouxeram coisas novas, algumas eu considerei muito boas, outras simplesmente odiei, mas o fato é que cada uma delas agregou à mim muita vivência.
Numa amplitude ao assunto, acho que todos concordaremos com a frase "a vida é uma caixa de surpresas", ou seja, ela é cheia de novidades e descobrí-las é sempre um prazer ou desprazer.
Vamos brincar de possibilidades?
Hitler como muitos não imaginam foi uma criança muito inteligente, educada e solícita, uma criança prometida ao brilhantismo e grandes feitos. De fato ele foi, só que para o mau. Toda a sua inteligência se transformou numa obsessão doentia e sem limites. Mas e se ele não tivesse tido sua essência mudada para algo maléfico e sem limites? Talvez ele tivesse sido um grande político e causado gloriosos feitos à humanidade. E se ele não tivesse achado na política uma novidade atraente e se tornado fazendeiro? Poderíamos estar tomando agora o leite importado de uma grande fábrica cujo slogan seria "Beba Hitler...é mais saudável!"
Com certeza a pequena mudança que aconteceu em seu discernimento na juventude, acabou por provocar o holocausto, mas poderia ter provocado a cura de uma doença grave, a ascensão econômica do país, a decoração nova da Áustria ou mais vacas estariam sendo desmamadas agora.
Imagem agora se a Nasa tivesse visto na Lua apenas um abajour de namorados.
Se Freud fosse machisma.
Se Einsten tivesse se aposentado e pensado apenas em observar o mar enquanto comia geléia.
Ou se você não tivesse comido aquele bolo caloroso pela manhã, entrado numa rua diferente, estacionado em outra vaga, prestado atenção em algo que realmente valesse a pena.
São infinitos "ses"....são infinitas possibilidades, infinitas mudanças.
Cada mudançinha, por menor que seja implica sim em toda a sua história e com certeza na história de milhares de pessoas.
Quer um exemplo?
Você acorda de manhã, toma café e como o horário do seu trabalho mudou você está atrasado e não põde escovar os dentes.
No carro resolve mascar um chiclete e como mudou de opinião em relação aoa aquecimento global, decidiu ser porquinho e jogou o chiclete pela janela.
O chiclete grudou no sapato de uma senhora que destraída acabou sendo atropelada.
Ou...
Saindo para passear no sábado você vê uma placa na rua que lhe causa uma sensação diferente. Você passa a ter uma nova opinião sobre aquela instituição e agrega à ela. Conhece seu marido futuro marido ou esposa, ou conhece alguém que lhe mostre que você é gay.
Você pode estar pensando....isso é destino! Eu digo que destino ou não, ainda sim são as mudanças interiores e exteriores que provocam em nosso próprio universo e no universo alheio desde belas estrelas cadentes até chuvas elétricas tempestuosas.
Escolher, mudar, avaliar, todas essas palavras e mais tantas outras tão nobres, são na verdade a tradução de um conjunto de coisas que vivemos por consequência de viver e que devemos fazer com justiça e verdade, pois ser honesto consigo mesmo e com os outros é o que causa a maior mudança de todas, pois muda os olhos de sua alma e consequentemente como enxerga o mundo.
Espero que você que está lendo, enxergue o mundo muito maior do que ele é, como justiça, com verdade, enxergando tanto o que é ruim quanto o que é bom, e que com estes olhos possa ser sempre feliz.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Remo

Remo,
Remo constante num barquinho à vela
Pois o vento já não existe mais.
Meus braços curtos não são suficientes
Permaneço fixa no lugar.
A paisagem vazia de mar aberto
Sem sinal de vida ou de existência qualquer
Me invadem e me estrangulam
E a cada minuto anseio em chegar no horizonte
Para quem sabe outra vida encontrar.
O silêncio dos mares é intermitantemente apavorante
E o desespero cresce cada vez mais pelo querer de terra firme
Terra dos esquecidos, onde a vastidão se transforma em beleza
e as trilhas diversas são mais aconchegantes
Pisar no sólido. Ter certeza do caminho a tomar.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Surpreendente!
Acho que é a melhor palavra pra definir a vida, a cada dia que passa me surpreendo mais e acredito cada vez mais que um segundo define uma história.
Até hoje não consegui definir se creio ou não em destino, acredito sim que tudo aquilo que cruza nosso caminho faz toda diferença, mas se é o acaso, a mão divina, o destino traçado...tá aí uma grande questão. Eu não sei.
Gosto da sensação de quando tenho certeza de que tomei a decisão certa, às vezes acabamos chateando alguém com nossas decisões, ou causando surpresas. Sua vida pode mudar com um simples "Não". "Oi". "Sim".
O meu lema agora tem sido - "viva leve", viver sem medo e sem se apegar as expectativas, apenas viver dando o melhor de si e acreditando muito em quem você é e no que acredita, isso pode até ser um estilo de vida, pra mim é no momento, e nesse momento flutuando, com um pé num mundo antigo querendo juntá-lo ao outro no meu novo mundo.

Pura Magia

Tenho olhado pra mesma visão,
Que vem da janela do meu coração,
Luzes se apagam e o dia renasce
E tudo o que eu via retorna como se eu
Sonhasse um sonho que paira no ar
Relendo as páginas pra relembrar
Que cada momento revela um olhar
E tudo então se parece com...
Pura magia que eu não consigo explicar
Eu olho e vejo uma ponte a galgar
E sinto essa ponte em mim
E só eu sei atravessar.
Cada segundo que passa ao redor
É um rastro de vida, um sopro menor
Que o vento que chega rasgando o meu ser,
Mas também faz parte do vento que me faz crescer,
caminhar e rogar por algo maior,
Que faz transbornar minha alma em meu corpo
Como algo que chega transformando tudo em...
Magia que eu não consigo explicar
Eu olho e vejo uma ponte a galgar
E sinto essa ponte em mim
E só eu sei atravessar.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Se eu pudesse

Soam badaladas e num baile perco a hora e o lugar
Já não me interessam piruetas, boa valsa, se você não está lá
Torno-me intéprete de uma solidão tenra vazia
Penso em tantas coisas, corro os olhos, no salão tanta alegria

Lembranças me tomam e me abraçam com carinho
Sorrisos em meu peito abrem largos e bonitos
Estou assim sem saber, o que sou
Não sei que passos, não sei pra onde vou
Só sinto em meu peito, uma tristeza bate forte
e lágrimas escorrem como o degelo do norte

Ah! Se eu pudesse encontrar na multidão o meu amor
Ah! Seu eu pudesse encontrar e nunca mais sentisse a dor
De um coração partido em dois após o fim de tanto ardor
De uma alma triste e desvairada sem saber louvar-te em som

O amor é feito de uma rocha pura e forte
Mas quando quebra despedaça em tantos montes
E ao lembrar-me dos teus olhos tão profundos
Me acho profana em mim mesmo em teu perfume ...Oh! Meu amor,
não me negues teu carinho, sou um pássaro sem ninho
Sem o brilho intenso do olhar

Do mesmo olhar que me afaga em doce encanto
Do mesmo brilho que me envolve em acalanto
Da mesma força que me rege ao oceano,
O oceano de tua alma em que eu descanso minha calma
e me revelo só pra ti
Pra em dois tornos-mos somente um amor.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Catiripapo

Há tanto na ciência que sabemos e ao mesmo tempo não conhecemos nada, fazemos parte de uma verdade absoluta perdida no espaço, uma verdade cujo segredo é o mais bem guardado de todos, é um prato fundo de sopa quente que podemos apenas comer pelas beiradas.
Às vezes me pergunto se de fato não é o sonho que vale. Penso no passado, quando eu era criança e existia tanto sonho de ficção científica, uma porção de serás a minha volta e um outro tanto de quiçás. Era tudo muito impossível, tudo tão distante. Hoje não percebo mais. Percebo sim! Mas agora nada mais é do que uma descrença na própria raça e eu sinto um pesar, pois já não sei se a verdade absoluta deva ser inteligível aos homens, talvez apenas sentida, ou simplesmente sonhada.
A cada ano que passa o mundo parece tomar um belo catiripapo dos Deuses e eu apesar de tomar parte neste recebimento, rio, prefiro lidar com o humor do que com as lágrimas, afinal, se o universo for a platéia e nós o show, podemos estar fazendo tanto sucesso quanto Jerry Lewis ou Os três patetas, cujos tropeços e enganos devem ser tão patéticos ao ponto de sermos uma chacota interespacial.