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domingo, 24 de agosto de 2008

Aiaiaiaiai, acho que não tem mais jeito, vou pegar um bom livro e tentar me deleitar com ele, já que no fim das contas ele é o único que tenho. Livros são bons companheiros, te ensinam, te distraem, não se importam quando você fica com sono e nem quando chora, ou ri, ele é inerte né. Ele quietinho te ajuda muito, são páginas e mais páginas de consolo.
Eis o que me resta, um bom livro.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Tinha lá naquele quintal florido uma menininha, brincava e brincava naquele quintal lindo, mas a verdade é que nada lhe apetecia, aquele quintal nem mais lhe seduzia. Até que um dia, levantou-se aurora e desperta foi pra fora, serelepe pulava de canto em canto até que do nada notou no canto uma flor que lhe sorria. Ela gostou.
No dia seguinte lá foi a menina brincar neste quintal onde o novo se fazia. E seguiu-se os dias ensolarados até que da previsão do tempo, notícia boa é que não tinha.
Nasceu o dia cinza, chuvoso e deprimido, a menina até preocupou-se com aquela água toda naquela florzinha (por isso o tapperware de sua mãe foi parar no quintal).
Passou a chuva, lá veio o sol sorrindo, até despontou um pequeno arco íris. Mas algo estranho acontecia... Ao passar dos dias a menina notou que um comichão lhe arrebatia, ela tinha que ir sempre ao quintal dia, menos dia, lá estava ela naquele quintal onde até os girassóis ciumentos pela atenção que aquela pequenina e amarela florzinha despertava na graciosa menina, tentavam lhe encobrir para despistar o olhar atento da menininha.
E eita que o comichão não passava, comichãzinhão danado que lhe atormentava,mas era só ir atéo quintal,e não havia embaralhamento de flor alguma que lhe enganasse, a pequena florzinha estava lá, e ela sorria, sorria de longe, mas sorria.
E a noite, quando o sol adormecia, o comentário entre as flores temor causaria na florzinha, eis que todos diziam que num pequenino e apertado vaso, a menina a colocaria, e o boato era forte, tão forte que era quase certo que o boato realidade se faria.
E uma verdade era certa, a menina todos os dias cuidava, regando, adubando e dando amor a pequenina, mas de fato, nunca que o amor da menina permitiria roubar da florzinha a liberdade que lhe pertencia, vivendo na terra do chão, se nutrindo do solo e vivendo o que era de seu direito e que a menina entendia.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Obviedades

As coisas são simples?
Ou a simplicidade simplesmente não existe?
Queremos tudo fácil, só com um poquinho de trabalho, mas tudo aquilo que pode ser rápido resolvido, normalmente transformamos em difícil e logo, muitas vezes destruído. Se pararmos pra pensar nas coisas a vida inteira é uma matemática, assim como 2+2 são 4, o cachorro é o cachorro e o gato é o gato. Se eu gosto de melância devo então me alimentar dela? Se for boa e madurinha, é dela que nutrirei meu corpo e matarei minha fome, mas se eu não gostar de abobrinha? Então é melhor nem arriscar meu paladar cansado.
A vida não é óbvia, acabou se tornando uma grande equação sem fim, mas tudo que puder somar e ter um bom resultado, é tudo isso que quero pra mim.

"sem título"

Quero encontrar a luz brilhante de teu olhar,
encontrar o aconchego de um lar,
me aquecer com o ardor do chorar.

Quero entender os cabelos grisalhos que há,
que refletem o chão, o andar,
o chão que eu sigo no meu caminhar

Me mostra sua história
acrescente páginas extras
me deixa
me deixa reger essa orquestra.

Noite

A noite nem tudo se esconde, sob o luar acorda outra manhã, uma manhã serena cujo brilho não vem do fogo, vem do diamante, suspenso no ar.
Olhos se revelam e outros sons aparecem; há uma vida inteira na noite que não exploramos e há também um toque de ilusão nesta noite que esconde e ao mesmo tempo revela.
Mas é preciso ter olhos atentos, pois a noite é um outro mundo vasto e ludibriante, é preciso receber o sereno como um cobertor aconchegante, a espessa nuvem embreagante sob a escuridão que ilumina outros seres, outros sentidos e é fria, porém aquece os corações.

Comparações

As folhas em branco são como a noite, têm um certo brilho e mistério fascinantes. A primeira vista não se vê nada, mas se olhar atento pode ver o infinito.
Tudo cabe nelas, não há limites, não há absurdos, podem descrever o medo, a paz e a felicidade, basta se entregar à elas, sem temer, sem pudor e sem vaidade. Deixar levar-se pelo seu toque branco, seja da seda ou do luar.
É só entender que há sempre mais, há sempre além. A noite e a folha em branco não te mostram horizontes, não mostram porque não têm, são vastas e ao mesmo tempo que você as preenche, elas também preenchem você e te transformam.
Quero ser levada a noite pro infinito e ao levar meu infinito à tão nobre folha em branco.