Tem gente que engana o coração
Tem gente que encanta o povo e então,
Se esbalda na fé alheia
e esquece de ter a fé em si mesma.
Tem gente que usa o amor,
Tem gente que ama o amor,
Mas meu coração dançou o amor
E agora não sabe o que se passou.
Vou embarcar nesse navio
Vou atrás do atabaque do mar
O que faz pulsar
O impulso de amar
Quero navegar nesse mar.
Abre o mar que eu vou passar
Vou te buscar
Esse navio não tem volta
Se atracar vai ser no mar.
Mas eu quero o porto do seu coração
Então deixa eu aportar
Porque quem já dançou,
Só quer dançar.
"Todo o conteúdo desta página está registrado em nome da autora, com os devidos fins legais."
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Grilhões
Estrada vazia
Tão cheia de brisa
Brisa que me indica a direção
Caminho assombrado
De medos passados
Forrado de angústias
Passos com ardor
Ás vezes há frestas
E a luz se entrega
E os olhos capitam o azul
A cor se anuncia
O verde se anima
E até nascem flores
E o caminho se torna o céu
Mas se o céu for o véu
Que cobre o verdadeiro andor
Por onde desfilam
O tédio e a solidão
Por onde andam o arpão e o cão
De que adianta lírios
Plantados no exílio
De que adianta sóis
Pintados nos lençóis
De que adianta sonhos
Se já não há telões
De que adianta o frio
Se não há cobertor
Palavras encorajam
Os pés dilacerados
E o pulmão ofegante
É o mártir no final
E não se enxerga nada,
Nem sempre há sensações
E os calcanhares levam
Grilhões.
Tão cheia de brisa
Brisa que me indica a direção
Caminho assombrado
De medos passados
Forrado de angústias
Passos com ardor
Ás vezes há frestas
E a luz se entrega
E os olhos capitam o azul
A cor se anuncia
O verde se anima
E até nascem flores
E o caminho se torna o céu
Mas se o céu for o véu
Que cobre o verdadeiro andor
Por onde desfilam
O tédio e a solidão
Por onde andam o arpão e o cão
De que adianta lírios
Plantados no exílio
De que adianta sóis
Pintados nos lençóis
De que adianta sonhos
Se já não há telões
De que adianta o frio
Se não há cobertor
Palavras encorajam
Os pés dilacerados
E o pulmão ofegante
É o mártir no final
E não se enxerga nada,
Nem sempre há sensações
E os calcanhares levam
Grilhões.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Comentário sobre a moda
A moda é incrível!
Já ouvi muita gente dizer que não há nada mais superficial do que a moda. Coitado de quem não percebe sua "complexidade" e sua fascinante tradução dos tempos.
Refletindo crenças, comportamentos sociais, estado de espírito, posição social e também o desejo de beleza; podemos ao longo da história através das vestimentas identificar o período pelo qual aquela sociedade passava, que tipo de vida levava e até o que sentia.
Esse desenho do momento faz parte da natureza humana, o homem na angústia natural de expresar suas necessidades, seus sentimentos e suas crenças, acaba na maioria das vezes colocando isso no modo como se veste e como é da natureza humana deixa-se também, influenciar por uma necessidade coletiva (toda sociedade é um coletivo com diversas coisas em comum), o que dá origem a moda.
A moda não é algo que se deve temer, sua forma não é uma ditadura, mesmo tendo sido imposta num passado longínquo, ela continua refletindo diversos coletivos e cada um se encaixa nela de uma maneira muito pessoal e isso é o tão famoso "ser fashion", você num todo não copia, você se auto reflete e usa o todo como ferramenta para isso, e essa é sempre evolutiva, trazendo novas visões, transformando coisas do passado e renovando sempre. Assim como a caminhada de cada um na vida deve ser evolutiva, devemos refletir no modo que nos vestimos essa evolução também.
Hoje olhando para as "novas tendências", posso dizer que a sociedade busca a beleza e o conforto em tecidos leves, coloridos, o homem quer flutuar no mundo, quer ser mais colorido, quer estar mais livre, quer respeitar o planeta usando coisas recicláveis e quer explorar mais ainda sua criatividade - é como tentar deixar seu espírito em comunhão com a Terra.
E isso é moda, isso é ser fashion, isso é estar bonito (lembrando que a beleza externa depende da interna) - fazer parte de um todo sem se anular.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Rasgada
Rasgada, cortada em mil pedaços e não sei colar.
Há lascas enormes, cujo sangue escorre por dentro como se o interior se desfizesse e o exterior já nem sentisse mais os seus reflexos.
Existe um turbilhão de facas ao redor desse corpo inútil, aparentemente com vida, uma verdadeira carne inóspita, uma peça de carne pendurada pelo açougueiro da vida.
Um veado abatido na selva, solta seu último som de respiro, assim como o corpo, que abatido por ele próprio segura este som sem findar, até quando?
Talvez a flechada não mate o veado, talvez ele tenha sido acertado no coração e se acabado.
Há lascas enormes, cujo sangue escorre por dentro como se o interior se desfizesse e o exterior já nem sentisse mais os seus reflexos.
Existe um turbilhão de facas ao redor desse corpo inútil, aparentemente com vida, uma verdadeira carne inóspita, uma peça de carne pendurada pelo açougueiro da vida.
Um veado abatido na selva, solta seu último som de respiro, assim como o corpo, que abatido por ele próprio segura este som sem findar, até quando?
Talvez a flechada não mate o veado, talvez ele tenha sido acertado no coração e se acabado.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Momento
Se há palavras que eu não vou contar
Guardo no peito essa dor, o segredo no olhar
Não penso em seguir a estrada de antes
O caminho distante, que separa o real do meu imaginar.
Se foi, tristeza demais, sentimento fugaz
Não posso dizer, pois disso eu nunca fui capaz
Mas houve um instante em que o mundo parou
Isso determinou, que havia uma aurora nascendo no peito e querendo sair,
Explodir sem razão, atingir esplendor
Ultrapassando falácias em meu coração.
A cada passo que escuto,
Olho por cima do muro
Vejo uma imagem do céu,
Vejo um sorriso ao léu,
Vejo se você parou, mas não...
Você continuou.
Pára e volta, pivô da história
Sonho cruel, não me tire o céu
Mas já foi, como foi, nem ficou, nem ficarás,
Não ficarás, meu doce amor.
Guardo no peito essa dor, o segredo no olhar
Não penso em seguir a estrada de antes
O caminho distante, que separa o real do meu imaginar.
Se foi, tristeza demais, sentimento fugaz
Não posso dizer, pois disso eu nunca fui capaz
Mas houve um instante em que o mundo parou
Isso determinou, que havia uma aurora nascendo no peito e querendo sair,
Explodir sem razão, atingir esplendor
Ultrapassando falácias em meu coração.
A cada passo que escuto,
Olho por cima do muro
Vejo uma imagem do céu,
Vejo um sorriso ao léu,
Vejo se você parou, mas não...
Você continuou.
Pára e volta, pivô da história
Sonho cruel, não me tire o céu
Mas já foi, como foi, nem ficou, nem ficarás,
Não ficarás, meu doce amor.
Em si
Nãe é casta
Nem desvirtuosa
Traz consigo a dor do mundo
como num emparelhamento de corpos mutilados da guerra.
Reflete no espelho as certezas e as dúvidas
Acreditando estar certa em seus pensamentos
Não sabe ir,
Nem tampouco voltar.
Suas lágrimas desenham o rio
por onde vai navegar em pensamentos
para o lugar ideal de seu aconchego.
Nem desvirtuosa
Traz consigo a dor do mundo
como num emparelhamento de corpos mutilados da guerra.
Reflete no espelho as certezas e as dúvidas
Acreditando estar certa em seus pensamentos
Não sabe ir,
Nem tampouco voltar.
Suas lágrimas desenham o rio
por onde vai navegar em pensamentos
para o lugar ideal de seu aconchego.
O Portal
Eis meu segredo... Eu tenho um portal!
Ele me transporta para onde eu imaginar, pode ser no futuro, no passado ou até mesmo num presente existente apenas no meu mundo virtual. É por ele que controlo o meu reino particular, onde as regras são minhas, é por ele também que choro ou comemoromeus anseios, minhas derrotas e minhas alegrias.
A primeira impressão é que sua vista é limitada e cada vez mais apertada, mas engana-se quem acha q o horizonte é fim da linha, pois meu alcance de visão é esférico, atemporal e infinito.
Há na minha direita muitas casas, muitos prédios, muita gente viva, carros, risos e brigas, eles são o meu presente. A minhaesquerda muitas árvores numa beleza indescritível, mas suas popas guardam tristeza, saudade, paz, elas guardam ali um passado de muitos, uma história de tantos daqual eu também faço parte. Se olho pra frente vejo ela... A imensidão. Como gosto da imensidão, é longínqua e ao mesmo tempo tão palpável em meus pensamentos. Mas quando jogo para trás meu pescoço, meusolhosse inebriam de tanta beleza, simplória, mas perfeita e exata, ela se basta nela mesma e mexe com meus pensamentos, brinca com meus sonhos, me energiza, me acalma.
Meu portal é só meu, eu o guardo em segredo pra mim, envolto e protegido por batentes, vidro e metal, o meu portal, o meu mundo real e surreal, brincante no tempo, deslumbrante nos meu olhos que buscam apenas um conselho, um sonho, um lugar reconfortante.
Ele me transporta para onde eu imaginar, pode ser no futuro, no passado ou até mesmo num presente existente apenas no meu mundo virtual. É por ele que controlo o meu reino particular, onde as regras são minhas, é por ele também que choro ou comemoromeus anseios, minhas derrotas e minhas alegrias.
A primeira impressão é que sua vista é limitada e cada vez mais apertada, mas engana-se quem acha q o horizonte é fim da linha, pois meu alcance de visão é esférico, atemporal e infinito.
Há na minha direita muitas casas, muitos prédios, muita gente viva, carros, risos e brigas, eles são o meu presente. A minhaesquerda muitas árvores numa beleza indescritível, mas suas popas guardam tristeza, saudade, paz, elas guardam ali um passado de muitos, uma história de tantos daqual eu também faço parte. Se olho pra frente vejo ela... A imensidão. Como gosto da imensidão, é longínqua e ao mesmo tempo tão palpável em meus pensamentos. Mas quando jogo para trás meu pescoço, meusolhosse inebriam de tanta beleza, simplória, mas perfeita e exata, ela se basta nela mesma e mexe com meus pensamentos, brinca com meus sonhos, me energiza, me acalma.
Meu portal é só meu, eu o guardo em segredo pra mim, envolto e protegido por batentes, vidro e metal, o meu portal, o meu mundo real e surreal, brincante no tempo, deslumbrante nos meu olhos que buscam apenas um conselho, um sonho, um lugar reconfortante.
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