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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Se eu pudesse

Soam badaladas e num baile perco a hora e o lugar
Já não me interessam piruetas, boa valsa, se você não está lá
Torno-me intéprete de uma solidão tenra vazia
Penso em tantas coisas, corro os olhos, no salão tanta alegria

Lembranças me tomam e me abraçam com carinho
Sorrisos em meu peito abrem largos e bonitos
Estou assim sem saber, o que sou
Não sei que passos, não sei pra onde vou
Só sinto em meu peito, uma tristeza bate forte
e lágrimas escorrem como o degelo do norte

Ah! Se eu pudesse encontrar na multidão o meu amor
Ah! Seu eu pudesse encontrar e nunca mais sentisse a dor
De um coração partido em dois após o fim de tanto ardor
De uma alma triste e desvairada sem saber louvar-te em som

O amor é feito de uma rocha pura e forte
Mas quando quebra despedaça em tantos montes
E ao lembrar-me dos teus olhos tão profundos
Me acho profana em mim mesmo em teu perfume ...Oh! Meu amor,
não me negues teu carinho, sou um pássaro sem ninho
Sem o brilho intenso do olhar

Do mesmo olhar que me afaga em doce encanto
Do mesmo brilho que me envolve em acalanto
Da mesma força que me rege ao oceano,
O oceano de tua alma em que eu descanso minha calma
e me revelo só pra ti
Pra em dois tornos-mos somente um amor.

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