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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Disparidades

Quero controlar meus pensamentos
Quero conduzí-los a um ponto só
Quero mandar e desmandar nos sentimentos
Escolher a dedo o que desejo

Quero não ter que relutar comigo mesma
Quero ignorar o que não quero que me pertença
Quero nada na bagagem
Quero desprender-me de mim mesma

Mas que graça teria?
Como seria?
Sem desejo não há vontade
Sem vontade não há surpresa
Sem surpresa não há incógnitas
Sem incógnitas não há o que pensar

Se me vejo alheia de mim mesma
Vejo-me adormecida, em coma acordado,
sem perspectivas
E o que há pra se fazer na vida sem elas?
Sem as extremidades não há centro
Sem as relutâncias tudo fica sem graça

O que parece mais fácil
Pode ser o mais difícil
E se as disparidades provocam os pensamentos
Que venham todas, quero pensar, pensar, pensar até o fim.

2 comentários:

Rebeca Rezende disse...

Sem incógnitas realmente não há pensamentos... adorei Tha!

Goreti Lago disse...

acabo de mudar meu perfil, antes era o poema do tão amdo Mário quintana agora será o seu minha flor. Será este, roubei! hehe te amoo bjuuuuuu