Foram três taças de um bom vinho a luz de vela, o sono não vinha naquela noite, mas o vinho e o livro de contos me fizeram boa compania. Deu-se alta hora da madrugada quando um desmaio profundo se abateu sobre meu corpo, foi então que me vi num campo, era verde claro e o sol muito forte, olhei para a esquerda e assustei-me com o coelho grande, sorridente e de cartola que ao meu lado olhava-me como um bobo. Foi intrigante.
"Que raios esse coelho e de cartola, faz ao meu lado?"
Num súbito ele correu para trás, parou! Olhou pra mim e voltou a correr em direção às árvores grandes que eu via ao fundo.
Adentrei naquele emaranhado de galhos, eram estranhos, escuros, davam medo, lembrei de vovó, elasempre dizia: "Ai! Que me arrepia a espinha".
Nossa! Acabou...Foi um caminho difícil, mas até que me pareceu ser curto, mas que estranho! Onde foi parar o verde campo?
O cenário agora era outro, um grande salão com um piso engraçado, era azul marinho com bolinhas amarelas, em volta tudo preto e bem no centro uma lâmpada, vi o coelho saltitando ao fundo, fui atrás, mas o que encontrava no caminho eram coisas absurdas que para aquele lugar pareciam naturais, assim como arbustos em nossos jardins. Deparei-me com um submarino amarelo à minha direita, à esquerda, fadas pequeninas brincavam em torno de uma garrafa de rum, mais a frente uma árvore com maçãs bem vermelhas e suculentas, mas uma adorável borboleta branca desfaleceu aotocar aquele vermelho vivo e tentador.
Cheguei! Acho que deve ser aqui, uma porta, ela é torta, e rosa, vou entrar.
Passei do batente e o que vejo é uma grande valise no centro, cheguei na sua frente e descobri que não abria, mais uma vez olhei para a esquerda elá estava o bobo coelho com uma chave na mão, eu peguei e abri a valise e o que vejo...
Mas que barulho chato! Odeio o pipipi do despertador e ele teima em chegar bem na melhor hora do sono, melhor tomar um banho, vinho sempre me deixa um pouco zonza.
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